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Existência ou não da Filosofia Africana

Existência ou não da Filosofia Africana 
Introdução
Nas sendas académicas quando o assunto é falar de África, mas sobretudo da sua filosofia tornou-se quase inevitável a repetição da sempre mesma questão: existe uma Filosofia Africana? Ou em outras palavras: os africanos têm uma filosofia?
Estas questões a alguns anos atrás eram incontornáveis, porém, hoje em dia, é da opinião geral que todos os povos, independentemente da sua localização geográfica e da sua integração nos grandes sistemas mundiais, possui uma filosofia, isto é, um modo de entender-se a si próprio e de orientar a vida para a realização das mais básicas e fundamentais da vida.
Outros ainda questionam se o que a África reclama como filosofia não seria simplesmente um pensamento?
Seja como for, a África não pode esperar que uma outra entidade (externa) venha outorgar-lhe o estatuto da habilidade para filosofar.
Portanto, aqui vamos de um modo sucinto apresentar a discussão travada por alguns pensadores africanos em defesa de uma Filosofia Africana
  1. Introdução ao Pensamento africano.                    1.1 Pensamento ou Filosofia?
A existência de uma Filosofia Africana é um tema que sempre vem à ribalta quando se pretende falar da mesma enquanto uma disciplina. A grande problemática é indagar se existe realmente uma filosofia que seja do africano ou ele tem simplesmente um pensamento.
É face a esta problemática, que aparecem muitos autores com pontos de vista diversos. Segundo o filósofo e jornalista, Filomeno Lopes, no seu livro Filosofia à volta da fogueira, o pensamento africano contemporâneo entre memória e futuro, existe certo modo de filosofar em África que é chamado Etnofilosofia.
E para esta corrente existe Placide Tempels, Alexis Kagame que se baseiam na Ideologia e Etnologia, enquanto Hountondji e Ebossi-Boulaga pertencem à corrente crítica da Etnofilosofia. São estas correntes que nos ajudam a perceber se se trata realmente de filosofia ou pensamento africano.
Tempels sustenta a tese da existência duma Filosofia Africana com características bem definidas e inconfundíveis. Como diz Ngoenha, a tese de Tempels é que “o comportamento dos bantu deve ser compreendido como um comportamento racional apoiado sobre um sistema coerente de pensamento” e isto levará à afirmação da humanidade do negro em restauração da dimensão infantil a que o colonizador tinha reduzido ao negro. Tempels tem uma tese precisa: quem pretende que os primitivos não possuem um sistema de pensamento, nega-lhe a participação à categoria dos homens. “Tempels descobre nos povos negros, um sistema de princípios, que é um conjunto de ideias, um sistema lógico, uma filosofia completa do universo, do homem e das coisas que o circundam, da existência, da vida, da morte e da sobrevivência. Portanto, uma ontologia logicamente coerente”. Vê-se também que se existe uma filosofia do negro, ela é diferente da europeia, a filosofia do negro é lógica sim, mas uma logicidade menor.
Alexis Kagame acredita na existência de um sistema filosófico bantu e tomando por base a filosofia Aristotélica, desenvolve a sua filosofia na base de “uma análise gramatical rigorosa das estruturas linguísticas duma língua particular, o Kiryarwanda”, comochave para compreender a maneira bantu de conceber o universo.Comparando as categorias bantu e as aristotélicas chegou a quatro categorias metafísicas bantus que correspondem às dez categorias de Aristóteles. Diz Kagamé: “se existe uma filosofia no nosso substrato cultural, ela foi inevitavelmente formulada através da língua”. Deste modo, Tempels e Kagame, criaram a etno-filosofia que se limitou a prolongar os esforços dos etnólogos subordinando a filosofia à religião e à política.
  1.             Corrente Crítica 
Um dos maiores críticos da etno-filosofia é Paulin Hountondji. Embora ele se contradiga, acredita na existência duma filosofia africana, porém, nega o uso filosófico da etnologia e o uso mítico das ideologias, pois o trabalho dos etnógrafos e ideólogos não é pessoal, responsável própria a toda a investigação filosófica. Para ele existe filosofia quando há filósofos singulareso que significa lançar-se pela via da procura livre e permanente da verdade, verdade que deve ser espressa e nao completada. Embora decadente, afirma a existência de Filosofia africana e ela se desenvolve do mesmo modo de todas outras filosofias do mundo. Ela se desenvolve sob forma de uma literatura. “A filosofia não é etnológica (sistema de pensamento implícito), mas literária (conjunto de textos) ”.
Hountondji chama filosofia africana a um conjunto precisamente de textos escritos por africanos e qualificados pelos seus próprios autores como filosofia.Para ele a corrente etno-filosófica não passa de um pensamento, por estar baseada na etnologia e antropologia. A Filosofia existe como literatura, não existe nem a filosofia ocidental (europeia) nem africana espontânea.
Portanto, a questão duma filosofia africana ou pensamento tem a ver com a maneira de como é abordada ou discutida, muitos autores defendem a existência de uma filosofia, embora alguns restrinjam o uso do termo filosofia aos gregos e como projecto do futuro, é o caso concreto da corrente hermenêutica que alega assim a existência de uma chave de pensamento africano
  1.    A questão das Origens da Filosofia Africana
Sabe-se bem que, etimologicamente filosofia significa amor a sabedoria. A experiência humana mostra-nos que esta marcha rumo a sabedoria, onde quer que haja o ser humano, há também a experiência humana, e todos seres humanos adquiriram e continuam a adquirir sabedoria ao longo das diferentes fases da vida. Neste sentido a filosofia existe em todo lugar. Ela seria omnipresente e pluriversal apresentando fases e faces decorrentes de experiências humanas particulares. Com este raciocínio a filosofia Africana nasceu em tempos imemoriais e continua florescente em nossos dias.
A questão das origens da filosofia Africana não pode ter como base o raciocínio exposto no parágrafo acima. Ela surge a partir do outro fundamento e perspectiva.A questão do surgimento da Filosofia africana parte de fundamentos e perspectivas. O fundamento da questão pertence à autoridade; a autoridade de definir o significado e o conteúdo da filosofia.O exercício desta autoridade situa a questão no contexto de relações de poder. Quem quer que seja que possua a autoridade de definir, tem o poder de conferir relevância, identidade, classificação e significado ao objecto definido.
O segundo fundamento da questão da origem da filosofia Africana diz respeito a perspectiva. Perspectiva como o ponto de vista adoptado para definir filosofia. Aqui a filosofia é entendida como disciplina académica com seus princípios e métodos especiais. Aqui há uma modificação do significado etimológico da filosofia. Aqueles que em busca de poder, endossam esta autoridade baseada em definições convencionadas de filósofos é que são considerados filósofos profissionais. É sob o disfarce da ciência e do profissionalismo que se duvida sobre a origem da filosofia Africana. A atenção voltada para a história da filosofia deveria sempre lembrar cuidadosamente da dívida da filosofia grega para com o Antigo Egipto africano. Ela deveria também levar em consideração o mercado escravocrata transatlântico que separou forçosa e fisicamente os povos de África de sua terra natal e seus parentes. A diáspora africana é, portanto, parte integrante da origem da filosofia africana. É na diáspora que os africanos tentam construir uma base cultural sólida que desse uma via de retorno às origens africanas por meio de estudantes africanos que estavam em Paris (África dos etnólogos ou dos poetas negro - americanos).
    Nesta luta pela originalidade está presente o uso do nome “África” ou “Africano”. A redescoberta dos valores negros e a tomada de consciência, através dosmovimentos da Negritude e do Pan-africanismo, ajudou a África a forjar a sua emancipação política, intelectuale lutar pela conquista das independências dos países africanos. O grande objectivo era a unidade espiritual e política da África com pretexto de criar um estado único, e com condições de prosperidade para todos os africanos.
O movimento da Negritude٭ foi idealizado fora da África principalmente na Françaonde adquiriu corpo e sistematização. São os negros africanos na diápora que ja intelectualizados se embrenham na criação de uma base litérária e filosófica para através da qual fazer passar os seus sentimentos em relação a África submetida ao colonialismo e a escravatura.
Contrapondo-se à filosofia europeia eles buscaram uma forma própria de construir seu mundo, contextualizando-o às realidades próprias do homem negro.
      Identidade e liberdade como eixos temáticos do pensamento Africano.
O movimento Negritude foi usado para a construção da Identidade e Liberdade Africanas. A Identidade como pressuposto para a Liberdade passa necessariamente pelo conhecimento da história de África (Pré e colonial) incluindo o seu património documental e a memorial, mesmo dos soberanos e seus poderes absolutos. Esta maneira torna-se o modo de construir uma identidade para opor ao vazio histórico e civilizacional tanto propalado pelo colonizador durante séculos.
Assim, compreende-se o facto de alguns autores, fazerem referência aos grandes reinos e cidades africanas (Tombuctu, Mwenemotapa, Sokoto, Zaire, Kano, Malí, Songhai, Ghana, Abissínia, Zimbabwe), funcionando como ícones de exaltação e identificação com grandeza e um brilho pré-colonial, remetendo desse modo a culpa colonial do apagamento e da decadência.
Uma vez que os povos negros
“eram considerados sem história, idólatras, fetichistas, além de brutos, primitivos, cafres, e selvagens, investigadores e intelectuais escreveram procurando mostrar o lado negativo dessas concepções. Foi nisto que Gorbeneau escreveu sobre “As Diferenças das Raças”, Spencer, Laponge argumentaram que a raça branca estava adiantada e a negra atrasada. Osvald Spengler sustentava que as civilizações desenvolvem-se, atingem o cume e decaem em ciclos fechados, isolados das outras e Lévy-Bruhl falou da mentalidade pré-lógica”.

Uma prática adoptada foi a valorização cultural no contexto da desvalorização e negação a que os negros tinham sido sujeitos. Quanto menos inteligente é o branco, mais o negro lhe parece um animal-dizia André Gide- e –Frantz Fanon chega a afirmar que o negro é uma criação do branco, isto no sentido de, com o seu racismo, obrigá-lo a dar-se conta da sua diferença e sentir desprezo por ser negro.
  1.                Busca de Identidade
A busca de identidade e da liberdade enquadra-se no contexto da escravatura, sobretudo nosEUA e nas grandes metrópoles mundiais dos finais do século XIX. É aíonde o negro vive uma situação de extremo racismo e humilhação.
Contudo, o que o impulsiona a lutar pela reconquista da sua identidade é o facto de descobrir nesse mesmo contexto, que existem também brancos segregados na sua própria pátria. Dai o negro africano enveredar pelo árduo caminho da formação cultural, política e científica como forma de adquirir subsídios para o ajudarem na sua missão.
A negritude foi um dos meios encontrados pelos negros para melhor conhecerem a história, da África e do mundo a fim de se afirmar na real e inteira realidade da sua condição. A Negritude é uma forma de Ressurgimento da consciência e do orgulho de ser negro o que conduzirá ao surto de nacionalismos que desembocarão nas independências africanas dos anos 60.
“O Renascimento Negro٭ desencadeou um movimento muito mais amplo de consciência histórica, cultural e política, por sua vez propulsor de uma autêntica revolução política que leva o negro a passar de vítima a motor da história”.
  1.    Mapeamento dos Pensadores Africanos
William Du Bois 1868-1963 engajou-se na luta pelos direitos civis e contra a segregação racial. Esteve na organização dos primeiros congressos Pan-Africanos. Mesmo proclamando a glória e orgulho de ser negro de, Du Bois debateu-se com o problema da “integração do negro no contexto americano, por isso mesmo, na sua visão, a luta que se tinha a enfrentar era na alma do negro, ela devia encontrar uma autêntica identidade própria”.
Ele tem em vista apagar a imagem frustrante do negro criado pelo branco, “isto é, de um homem tábua rasa, homem sem história, e, portanto, sem civilização. Para tal, ele religa à África fazendo erguer os já antigos impérios e reinos exaltando sua grandeza do passado, abafada pela exploração europeia”.
Edward Wilmont Blyden“nasceu na Ilha caraíbica de St. Thomasem Agosto de 1832. Blyden era puramente negro, facto significante para as suas ideias não muito amáveis em relação àqueles a quem ele considerava terem «sangue misturada»”.
Personagem de grande importância para a cultura Negra do séc. XIX podendo ser considerado o pai do pensamento político Africano. “O ponto de partida como para os escritores da Negritude será a procura de um passado sobre o qual fundar a própria dignidade humana. Com as suas obras queria provar que a raça negra tinha uma história e uma cultura das quais podia se orgulhar”. Nas suas obras: Voice From Bleeding Africa (1856) descreve uma lista dos negros ilustres como é o caso do teólogo e linguista, Capitein, o libertador de HaitiToussaint Louverture e o líder abolicionista Americano Frederick Douglass. Em A Vendication of the Negro Race (1857), refuta as teorias acerca da inferioridade racial do negro e em The Negro in Anciet History (new York, the Methodist Quarterly (1869), sustentava que os negros tinham desempenhado um papel importante na edificação da civilização egípcia). Também é sua a tese do regresso à África.
Kwame Nkrumah (1909: Costa de Ouro-1972: Bucareste), foi um líder político africano e um dos fundadores do movimento Pan-africanismo. Grande teórico da unidade Africana a qual dedicou um livro: A África Deve Unir-se. Ele reclama a “unificação política que faria de África uma só nação com um governo central (…) sob a direcção dum governo continental, ao qual caberia a decisão nos sectores chaves: defesa, negócios estrangeiros, economia”.Só o governo central permitiria estabelecer uma única linha política.Defendeu também o consciencialismo.
Molefi Kete Asantenasceu em 1942 na Etiópia.Cristão, filósofo e político. Desenvolveu e liderou a corrente de pensamento: Afrocentricidade* que nasceu na America do Norte. Dedicou boa parte da sua obra teórica para fundamentar gnosiologicamente e axiologicamente a ideia da Afrocentricidade.
John Mbitinasceu em 1931Quénia. Teólogo, filósofo e Padre anglicano. EscreveuAfricanReligionsandPhilosophy defende que a “filosofia Africana é um pensamento especulativo que subjaz nos provérbios, nas máximas, nos costumes, que os Africanos de hoje herdaram dos seus antepassados através da tradição oral”. Portanto, a função do filósofo Africano é a de coleccionar, interpretar e difundir os provérbios, contos folclóricos, mitos.
Paulin Hountondgi –nasceu em Benim. Escritor, filósofo e político. Publicou a obra AfricanPhilosophyMithandReality (1974), sustenta que a filosofia Africana ocupa-se dos desenvolvimentos modernos no conhecimento e na reflexão. Defende que a “filosofia Africana é resultado do pensamento abstracto de pensadores Africanos individuais tanto tradicionais como modernos. A filosofia Africana, é um tipo de literatura produzido por Africanos e que versa sobre problemas Africanos”. O problema de fundo da filosofia africana reside essencialmente na análise laboriosa dos textos que temos a disposição e não nos mitos, no pensamento implícito ou no círculo misterioso das nossas almas.    


Alexis Kagaménasceu em 1912 no Ruanda e morreu em 1981. Historiador, filósofo. Escreveu: A Filosofia Bantu Ruandês do Ser. Como Temples,Kagamé crê na existência de um sistema filosófico Bantu. Na estrada traçada por Tempels, vai desvendar o sistema ontológico Bantu, inspirado na filosofia Aristotélica. A partir da análise gramatical rigorosa das estruturas linguísticas desenvolve a sua reflexão vai a partir do Kiryarwanda. Comparando as categorias bantu com as de Aristóteles e chegou a quatro categorias metafísicas bantus que correspondem a dez categorias Aristotélicas.
Iª “Umuntu – designa o Homem, isto é, o ser dotado de inteligência;
IIª Inkintu – são as coisas, os seres privados de inteligência. Estas duas categorias - Umuntu e Inkintu – correspondem a categorias da substancia;
IIIª Hantu – que conota, ao mesmo tempo as categorias do lugar e do tempo; e
IVª Ukuntu – que significa a modalidade a qual engloba todas as outras categorias enumeradas por Aristóteles”.            

Julius K. Nyerere- nasceu na Tanzânia em 1922 e morreu em 1999.Mantendo-se fiel à sua origem e cultura africanas, encontrou no cristianismo a motivação e a força para exercer o poder como serviço humilde ao seu povo. Estudou na Uganda e depois em Edimburgo e tornou-se MasterofArtsandPoliticalFormation. Enveredou pela política lutando pela obtenção da independência do país da dominação inglesa.  Foi o primeiro presidente da Tanzânia. Pela Carta Magna do Socialismo AfricanoNyerere lançou um projecto de uma sociedade igualitária que de algum modo era inspirado pela profunda visão que tinha da fé. A ideia sa «sociedade igualitária» revelava o seu não-alinhado, inspirado na tradição africana da família alargada, ujamaa, e assentava na unidade e na independência nacional.
Era chamado «Mwalimu», que quer dizer professor. Esta foi sua profissão antes de entrar na política. Promoveu um parlamento multirracial e multi-religioso.
Era visto como Mestre devido ao seu carácter extraordinário, vontade inflexível e de uma transparência a toda a prova. Por estas e mais qualidades cristãs foi declarado «Servo de Deus» em Roma no dia 1 de Janeiro de 2006, declaração que marcou o início oficial do seu processo de beatificação.
           2. Considerações finais.

A filosofia é um modo de estar, de pensar, de responder de forma tanto exaustivo aos próprios problemas e aos dos outros. Também tem a ver com produção de conhecimentos válidos e sistematizados dentro das normas científicas estabelecidas e aprovadas por certas entidades competentes.
Portanto, a maneira de agir africano, de ver a sua cultura e a sua posição em relação ao futuro, leva-nos a admitir que em áfrica existe uma filosofia embora não abundada por uma literatura extensa como a europeia. Mesmo não satisfazendo as pretensões dos que nos pretendem ou não reconhecem uma filosofia africana, podemos notar que mesmo de soslaio temos já pensadores e filósofos que estão se firmando na árdua tarefa de prover subsídios necessários para uma afirmação própria africana de uma filosofia que nos identifique.
   3. Referência Bibliográfica 

AA.VV. Emergência do Filosofar 11ª e 12ª classes, 1ª edição, Moçambique Editores, Maputo 2003.
JONES, W. R, The Legitimacy and Necessity of Black Philosophy, 1978.
LARANJEIRA, Pires, A Negritude Africana de Língua Portuguesa, Porto 1995.
MOLEFI, Asante 2003 in: Ergimino P. MUCALE, Afrocentricidade-Complexidade eLiberdade, Paulinas, Maputo 2013.
NGOENHA, Severino, Das Liberdades às Independências, Paulinas, Maputo 1993
NKRUMAH, Kwame“A África deve Unir-se” (Tradução de João Figueiredo), Lisboa 1977.
Polis Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado,Lisboa/Paulo1984.
SCHULTHEISS,HolgerS, Anexo do Modulo no curso de Mestrado em Desenho de Sistemas de Educação, UP, Maputo-Moçambique.

Comentários

Unknown disse…
Muito bom, gostei do seu trabalho jovem filósofo.

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